O ÁVIDO ESPÍRITO

Perdão! A palavra escrita nos trai, principalmente quando não estamos presenciais... Ah! Agora entendi o que querias dizer... Realmente eu não sabia a que te referias... Podes me chamar do que te vir à cuca; todos os elogios ou tratamento, amorosos ou não, são bem-vindos... Fazem parte dos fetiches da interlocução... Quanto aos carinhos, quem não gosta deles, amadinha? Eu também espero muito de ti: mais leitura e dedicação à Palavra, porque te quero, verdadeiramente, uma escriba de verdade... Aposto no teu talento pessoal e na tua capacidade de criar, mesmo te conhecendo tão pouco e tu sendo ainda tão jovem... Percebo! Tens curiosidade suficiente, só o que não sei é se estás empenhada em ruminar o que tenho enviado a ti quase todos os dias... Anima-te! Sim, porque, para chegar à POESIA, é necessário deglutir longamente... E não tenhas pressa. O tempo segue a teu favor, como uma lufada de vento. Poetar também é ruminar – com avidez espiritual – tudo o que nos chega ao conhecimento. Mas, sem leitura focada sobre o que temos navegado, no caso – a Poética – nada feito. Porque do NADA nasce o NADA...

– Do livro PALAVRA & DIVERSIDADE, 2011.

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