PRA ONDE IR?
Às vezes bate uma dúvida sobre um questionamento que parecia já estar resolvido.
Pra onde ir? O que vale fazer? O que vale omitir? Como viver?
A gente foge destas perguntas, mas de vez em quando ela se interpõe em nosso caminho exigindo respostas.
Responder o quê?
Tentamos jogar a bola pra frente, pra fora, ganhar tempo, mas já estamos no final da prorrogação e nada de nos abandonar as perguntas, às vezes por demais contundentes.
Fugir, fugir sempre é o remédio? Ao menos paliativos? Ou existe sim, o remédio definitivo?
Como curar de vez este transe, esta luta de nós com nós mesmo?
Torcer por quem, quando duas partes nossa teimam em digladiar-se implacavelmente?
Minha tendência tem sido ser ameno, conciliador, o menos cruel, aquele que perdoa, que aceita as ofensas...
Mas ai a coisa pega, meu lado agressivo quer esclarecimentos e fica ativíssimo contra a minha decisão e afirma:
- Torcer pelo outro lado por quê, se ele não tem nada de você? Renegando-se?
Encurralado e sem possibilidade de escape, já cansado, da repetição destas inquirições ao longo da vida, resolvo assumir um ânimo definitivo e respondo com humildade:
- sim é isso, renego-me, já não sou quem fui, estou modificado,
nem questiono se para melhor ou pior, só sei que desejo agredir menos, ser conciliador, até onde minha arte de convivência me permita.
E, acima de tudo, procurar o meu Deus para alguns esclarecimentos, que não são necessariamente sobre mim, um pouco mais sobre ele...
Quero entender o meu Deus, conhecê-lo ao menos a ponto do razoável, para amá-lo como grande amigo, em clima de tranquilidade e confiança.
E que o resto, até que exista guerra, vou guerrear, mas com meus atos aprovados pelo meu Deus Amigo, eu sabendo distinguir sua vontade em relação aos meus atos.
PRA ONDE IR?
- Vou, em busca de entendimento, quero conhecer o meu Deus. Só isso!