O fascínio chamado Vida
E não, não posso querer culpar ninguém por minhas falhas. Por meus erros. Sou um ser humano como todos que agora me leem. Assumir minha culpa, admitir meus erros, dispensar terceiros de erros que não cometeram, é o que fazem de mim um ser que não importa o meio, quer encontrar uma forma de acertar, uma forma de se encontrar. Uma maneira eficaz de ser mais completo. Sim, completo. Como já sabemos, quanto mais temos, mais queremos ter. E por mais que um objetivo seja alcançado, um sonho realizado, sempre surgirão outros. E esse ciclo interminável continuará até que pequenos valores, a simplicidade da vida, volte (será possível?) a reinar como era antes. Felicidade, ouvimos e lemos tanto sobre esse sentimento. A quem diga "quero ser feliz"; mas hão de convir comigo que há uma certa confusão entre o "ser" e o "estar". Talvez aí residam o erro e o equívoco. Estar feliz, com frequência, talvez menor do que gostaríamos, sempre estamos. Agora, "ser" todo o tempo feliz, não creio ser possível. Seria se apegar à ilusão de que tudo é perfeito, quando não é. Amamos, às vezes de forma não correspondida. Lutamos, às vezes sem alcançar o que gostaríamos. Perdemos muitas vezes. Penso agora que talvez o "ser feliz" seja saber tirar o lado positivo de cada situação que nos ocorre. Mas em contrapartida, como tirar proveito de uma perda? E não digo agora de perda material. Digo de sentimentos, de pessoas, de oportunidades. Ninguém é unanimidade. E tenho certeza que muitos não concordarão comigo. Talvez quem sabe daqui a alguns anos, eu mesmo olhe para trás e não concorde. Mas no hoje afirmo, por tudo que já vi e já vivi, ninguém é completamente feliz. Sempre falta "algo". E é isso que faz da vida o fascínio que é!