DEIXAR IR
Um dos dons mais sagrados que Deus nos concedeu, foi sem dúvida a liberdade, a liberdade de escolha, e assim tornamo-nos livres para escolhermos nossos próprios caminhos, fazermos nossas escolhas... É bem verdade que quanto mais esclarecidos e responsáveis precisamos saber fazer a escolha certa, porque mesmo sendo livres, toda ação tem sua reação correspondente. As palavras do apóstolo Paulo são esclarecedoras: "tudo me é lícito, mas nem tudo me convém". Precisamos saber então o que realmente nos convém, afim de não acrescermos sofrimentos em nossa vida e nem na vida alheia. A verdadeira liberdade se constróe nas asas da responsabilidade. Mas existe uma outra questão que precisamos estar sempre atentos, é aquela em relação a liberdade do outro... As vezes insistimos em afirmar que amamos, seja um amigo, um familiar, um alguém especial, mas confundimos amor com aprisionamento. Nossa pequinês espiritual não permite-nos perceber que o amor não aprisiona, e sim liberta. Referimos ao outro como algo nosso, um pertence, esquecendo-nos de que cada ser é uma individualidade que anseia por liberdade, e muitas vezes escolhem estradas que não podemos seguir. Se nos sentimos magoados quando alguém que dizemos amar, nos diz um não, por discordar de nossos pontos de vistas, logo não amamos, apenas acreditamos estarmos diante de um objeto de posse. Deixar ir, é permitir que as pessoas sejam como são, o que nem sempre significa ser conivente com elas. Se acreditamos que aqueles que convivem conosco estão trilhando caminhos supostamente errôneos, demos o nosso exemplo, porque o exemplo é a maior força de visão renovadora que podemos oferecer. Mas em momento algum nos sintamos magoados, caso os entes queridos queiram seguir por outros caminhos que não os nossos, porque assim como desejamos nos expressar livremente a nossa maneira de ser, eles igualmente necessitam seguir da forma que escolheram, afim de que possam crescer mais e mais no processo evolutivo.
PAZ E ALEGRIA!
(Samuel de Almeida)