O PORTEIRO DA BOATE

Agora, nesse instante de colocar umas e outras palavras de ânimo a quem quer que seja, que use-as de bom proveito, ao lê-las

nesta página que, entre suas linhas seguem;

O que vamos relatar de interessante condiz com o viver e atuar sério de um cidadão comum que se tornou célebre desde que o destino lhe semeou propostas de mudança radical de postura, dotado de que, ao se ver traçado por agir a pró de si, o mesmo não titubeou

e tratou de contar com o fator tempo para que se obtivesse o êxito esmerado à si no seu propósito de intento.

O personagem desta, para se manter de proventos de manutenção familiar e social no meio em que vivia, agarrou a oportunidade de se tornar um profissional na área de portaria

síndica, ao que, de repente, se viu exercendo a função de porteiro de uma boate, já que se viu qualificado para tal, e assim se sucedeu

e o mesmo veio a se tornar funcionário de confiança da casa.

Mas, como nem sempre um emprego é permanente, o estabelecimento que lhe dava suporte de bem-estar, num certo dia fora anunciado sua venda e, consequentemente, a mudança de gerência viria acoplada ao negócio.

Foi à partir daí que tudo começou a mudar na vida deste nosso personagem, pois o novo gerente lhe outorgou a tarefa de registrar todas as entradas e saídas dos clientes do estabelecimento, a fim de se ter um bom controle de fluxo de pessoas de frequencia, e, aí é que

se tomou atitude e se decidiu por resolução imediata da situação de momento e o nosso personagem abriu excessão e relatou sua posição

atual, dizendo ao novo gerente que não seria possível tal função ser exercida a contento pois o mesmo era analfabeto.

Diante de tal ato, o gerente lhe disse que deveria ser demitido por não estar ele à altura de desempenhar a função devida e outorgada a ele, de modos que, esse foi o passo a ser seguido e a demissão do porteiro fora inevitável.

E, vejam só, como ali, naquele emprego, o funcionário exemplar que se era, se aprendeu outros ofícios paralelos, como de exemplo, consertar cadeiras e mesas que alguns baderneiros quebravam, e, sem perda de tempo, já com o acerto de contas feito se pensou rápido e se agiu depressa pois se precisava ser astuto então.

Foi aí que ele pensou em comprar umas ferramentas e começar atrabalhar à domicílio fazendo cosertos de moveis para a vizinhança, e, não é que, logo logo ele se firmou no novo empreendimento?

E logo teve a idéia genial de montar pra ele uma loja de ferragens em geral, e aí foi o primeiro passo dado rumo ao sucesso e logo logo se pensou em se construir uma fábrica de ferragens e assim se deixar de ser atravessador de mercadorias e passar a ser fabricante das mesmas.

E lá se vão vários anos de labuta e de vitórias, e, o personagem

desta, agora contribui com o bem-estar de pessoas, e, numa ocasião,

na entrega de uma escola construída por ele para a sua cidade, o prefeito, ao lhe dar as honras, disse-lhe;

- A cidade toda, no auge desse momento magno, tem a honra de pedir para que o causador dessa nobre causa se achegue até a tribuna para que sejam assinados os documentos a que se refere a esse ato gentil de cidadania aqui exposto.

De imediato, o nosso personagem, sem atropelos na vóz, assim se dirige ao prefeito;

Nobre prefeito desta minha cidade ímpar, não me é possível assinar tais documentos, pois sou analfabeto completo, ao que, o prefeito, surpreso lhe retruca;

- Mas, como meu nobre senhor, e como é que se tornou um grande empresário da indústra do país sendo analfabeto? E se o senhor tivesse estudado então? O que o senhor viria a ser?

Ao que, o nosso simples senhor da indúsria lhe responde;

- Se eu tivesse estudado, certamente continuaria sendo o porteiro da boate, o meu primeiro emprego.

''O PESONAGEM DESTA, NADA MAIS É QUE,

O DONO DA ''TRAMONTINA''

''BASEADA EM FATO REAL''

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 19/07/2011
Código do texto: T3104552
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