Quando nos fechamos em nós...
Muitas vezes podemos nos surpreender com as palavras que acompanham o abraço daquele que caminha conosco. Infelizmente, somos pessoas tão solitárias que nos esquecemos de dizer “EU TE AMO”, “EU PRECISO DE VOCÊ”, “VOCÊ É IMPORTANTE PARA MIM”... e tantas outras frases que, erroneamente, pensamos que nos fragilizam, nos expõem e mostram nossa humanidade. Seríamos mais felizes se deixássemos falar o coração e vivêssemos o AMOR AGAPÉ, aquele amor que não impõe nenhuma condição para existir, não exige nada em troca. Este tipo de amor vai além do sentimento, é comportamento: “o amor é o que o amor faz”.
É importante perceber que não podemos controlar o que sentimos pelo outro, mas podemos controlar como nos comportamos com o outro, como expressamos nossos sentimentos. Se este controle está em nossas mãos, é possível, então, como pessoas inteligentes, colocar o amor verdadeiro em prática.
Muitas vezes nos comportamos como um tipo de pessoa que não consegue valorizar o que tem e que não enxerga além do material, concreto e absoluto. Agimos egoisticamente em nossa vida. Nossas mãos não são solidárias e se fecham na violência, na falta de companheirismo e amizade. Insistimos na culpa e na falta do perdão que nos sufocam e tornam nossa vida um martírio. Se há o próximo... por estar tão próximo, não o vemos, não o sentimos, não o conhecemos. É a vida que matamos todos os dias com o nosso comportamento sem amor.
Luciane Mari Deschamps