INACREDITÁVEIS DESTINOS
Como é possível que esta que vos fala, que teve seu primeiro castíssimo namoro aos 18 anos, que nunca, nunca, jamais soube flertar nem tirar linha (que termos pré-históricos!) em razão de uma timidez absoluta (por mais que tal afirmação pareça inacreditável aos que a conheceram depois dos 30 anos) que quase nunca frequentou bailes nem baladas (não lembro que nome isto tinha no 'seu tempo'), que em toda a sua primeira mocidade se sentiu o 'patinho feio' das meninas e que nunca conseguiu aumentar, verdadeiramente, sua autoestima como mulher ... como é possível, eu dizia,que esta mulher que vos fala tenha tido - assim mesmo, 'tenha tido', embora certo amor não termine nunca - como dizia, tenha tido uma vida amorosa tão espantosamente estranha, tão não enquadrável em quaisquer esquemas conhecidos, uma vida amorosa a extrapolar normas e padrões especificados pelo senso comum, embora sem ter sido jamais promíscua, e, em determinado caso, (aquele que não passa nunca), tendo mesmo avançado (e continue avançando) por territórios insondáveis a tocarem mistérios de outras vidas... a avançarem por outras vidas neste aqui, neste agora, por segundas... terceiras... quartas...quintas...vidas...
Como foi possível? COMO É POSSÍVEL?
QUE ALGUM DEUS A SALVE E TAMBÉM A TODOS OS SERES SEUS 'CÚMPLICES', MERGULHADOS,TODOS, CADA QUAL EM SEU INACREDITÁVEL DESTINO NESTE TEMPO, NESTE MUNDO.
'De primeira', na manhã de 06 de julho de 2011.