A CONDENAÇÃO ESTÁ NO SANGUE

Recebo, com alegria, esta manifestação, de uma jovem poetamiga da Paraíba:

“DESABAFO

Rochelle Melo

Amo incondicionalmente lecionar, ministrar palestras e exercer o meu ofício de poeta. A roda viva da vida nos convoca ao amadurecimento a cada dia. A arte resgata e transforma existências. O subjetivo desperta inquietações, admiração, espantos. Rompe círculos viciosos sisifinianos e nos conduz aos domínios das romarias e das estradas. Conviver com o caos, com o holocausto, com a dialética, é inevitável e salutar. Temos uma missão sócio-pedagógica a cumprir.

– em 05/06/2011.”.

Querida Rochelle! Recolhi e intitulei a parte literária do recado que postaste em 'depoimento' a mim dirigido. Tudo “ipsis verbis”. Material como esse tem de ser recolhido. É texto autônomo, dialético, plenamente publicável. Parabéns. Espero que o meu procedimento não te cause estranheza. Também desejo que recebas a ação como uma demonstração do apreço e respeito intelectual que tenho por ti. Desde aquele dia da visita à Casa do Poeta Brasileiro, POEBRAS Campina Grande, em 2005, me apercebera de tua predisposição para as Letras. Na época, teu talento ficara na oralidade. O que se vai lavrar para a posteridade documental, nasce na espontaneidade da linguagem oral. Afinal, é a manifestação do que se pensa... A eterna Poesia também não refoge a essa realidade fenomênica. A condenação ao pensar está no sangue do escritor. É ela o desafio do ontem e do hoje...

– Do livro NO VENTRE DA PALAVRA, 2011.

http://www.recantodasletras.com.br/mensagens/3078173