DIANTE DO MEU OLHAR
Muitas das vezes fazemos coisas pensando fazer o bem, e cometemos algum erro sem ao menos imaginar o dano que causamos aquém. E foi assim que tudo aconteceu. Eu representando os demais da minha classe planejei trabalhar num veículo que se aproximasse mais daqueles que dependiam um tanto de mim.
Quis repartir meus devaneios de um modo que a outro não aferisse ser bastante sacrificado. E assim fiz, naquele camarim, coloquei um pó meio esbranquiçado na cara, pintei outras partes do rosto sem a maior preocupação, imaginei a dimensão do vermelho empregado na ponta do nariz indo de encontro a outras tantas emoções. E logo diante daquela multidão, num grande palco iluminado sob as luzes da ribalta em sonhos desvairados por alguns momentos eu me perdi.
Ouvi de longe o canto de um rouxinol, e também de um bem te vi. Enquanto percebi adiante um cão vagabundo que diante do meu olhar fazia gracejos e dizia pra mim que com nada eu me preocupasse. Pois doravante os mesmos estariam ali. Quando já nos entreatos daquela apresentação um anjo por mim querido levantou seu braço estendo em minha direção a sua mão.
Dizia-me este querer fazer comigo um pacto, e se bem eu o entendesse na vida teria uma grande, e inesperada modificação, e por muito estaria eu bem perto de realizar outro sonho com bastante satisfação.
Tentei me antecipar mediante os fatos, já um tanto quanto preocupado, mas o mesmo sorriu pra mim e quis repartir a partir daquele instante com cautela e muita dedicação, tudo que consigo trazia mudando todos os meus rumos, esperando não mais cometer nenhuma outra infração de fazer as coisas sempre ao meu modo, sem querer saber sobre qualquer opinião.
Dei mais alguns passos, reparei em todos que estavam esperando o final daquele ato, para só então, juntar-me ao meu anjo que direcionou para bem longe todas as minhas tristezas e solidões.
Uma critica quando construtiva faz com que possamos elaborar melhor nossos ensejos de podermos criar um pouco mais além da nossa imaginação.