A CONCLUSÃO DE CADA UM...
Narra-se que, certo discípulo de um filósofo grego recebeu ordens do seu Mestre para, durante três anos, dar dinheiro a todos os que o insultassem.
Quando esse período de provação terminou, o Mestre lhe disse, “Agora você pode ir à Atenas para aprender a Sabedoria.”
Quando o discípulo estava entrando em Atenas, encontrou um sujeito que ficava sentado junto ao portão insultando todos os que iam e vinham. Ele também insultou o discípulo, que deu uma boa risada.
- Porque você ri quando eu o insulto?! Perguntou o sujeito.
- Porque durante três anos eu paguei por isso, e agora você me deu a mesma coisa por nada. Respondeu o discípulo.
- Entre na cidade, ela é toda sua, disse o sujeito.
Essa história era ensinada, lá pelos idos do século IV, para ilustrar o valor do sofrimento como poder transformador.
Todavia, não haviam sido apenas as agruras que abriram ao discípulo a “Cidade da Sabedoria”, o fator primordial que lhe permitiu lidar com tanta eficácia com uma situação a partir de um outro ângulo.
Foi a capacidade adquirida para enxergar numa outra perspectiva.
Cada criatura tem sua maneira de enxergar e interpretar o que vê:
Conta-se que Jesus andava pelas ruas de Jerusalém quando seus discípulos avistaram um cachorro morto, à beira do caminho. Imediatamente taparam as narinas exclamando:
- Que podridão, que carniça! E passaram ao largo... Jesus olhando para o cachorro disse:
- Pobre cão, que belos dentes ele tinha!...
Cada leitor que tire, ou melhor, “enxergue” suas conclusões...