Não vale a pena ser dona de casa

Dizer que a dona de casa é a "rainha do lar" pode ser pura mentira. Em alguns casos, ela deveria mesmo ser chamada "escrava do lar". Observar o cotidiano só faz concluir que não vale a pena ser dona de casa. O melhor é que a mulher trabalhe fora e tenha condições de se sustentar. Há muito mais dignidade.

A dona de casa, quase sempre, não é respeitada e tudo o que ela faz é considerado de pouca ou nenhuma importância. Muitos maridos, filhos e até mulheres que têm profissão costumam ver a dona de casa como alguém que passa o dia sem fazer nada. Perguntemo-nos: o chão se limpa sozinho, as roupas se lavam por si mesmas e a comida se cozinha por mágica?

Os maridos das donas de casa, muitas vezes, por acharem que elas levam uma vida folgada, jogam nas suas costas toda a responsabilidade pela educação dos filhos, alegando que elas, por nada fazerem, têm todo o tempo do mundo, enquanto eles passam o dia trabalhando. Ainda há maridos e filhos que não lavam um prato nem põem as coisas no lugar, como se apenas a mulher tivesse a obrigação de manter a casa limpa e organizada.

Pelo fato das donas de casa não saírem tanto quanto as mulheres que trabalham fora, pensa-se que elas não são atualizadas, mas alienadas e ignorantes acerca da realidade social. Acha-se que elas só entendem de assuntos domésticos. Como se vê, a dona de casa é alvo de preconceitos bem absurdos.

Quantas mulheres com educação superior e competência não abdicam de seus ideais para se dedicar às famílias, desistindo de si mesmas? Sacrificam-se, anulam-se, sem satisfazer a seus anseios de realização social e/ou pessoal. Depois, os filhos crescem e as mulheres que, em vez de ter vida própria, apenas investiram nos outros, sentem que suas vidas perderam o sentido!

Depender economicamente de alguém pode ser horrível. Hoje, o mais satisfatório é poder cuidar de si, não tendo que pedir dinheiro para nada e se sabendo capaz de se defender e encontrar seu lugar neste mundo através dos próprios talentos. Pessoa nenhuma, seja homem ou mulher, deve permitir que sua felicidade e bem-estar dependam de outra pessoa nem ser coadjuvante da vida de alguém. Deve-se ser protagonista da própria vida.