VIA LÁCTEA

Hoje eu te desenho asas.

Asas que na imensidão da vida, te levem ao infinito

bem distante de mim.

Neste espaço, quero vagar no final do universo

qual um astro indefinido...e ao longe, e só para ti...

ser algo parecido com “nunca ter existido”.

Quiçá um vácuo, desprendido da órbita do nada,

amorfo e indiferente.

Hoje eu te desenho asas.

Qual um planeta alado: -voa, voa, voa!

Quero te ver sumir nesta trajetória sem volta,

atravessar a escuridão Láctea...

e mergulhar esvaecido,

no mistério do tempo.

SP,05-07-2004