No Olho do Furacão
Dentro, fundo, bem fundo da alma sinto: Um silêncio sem brisa. O ar pesado. Tudo quieto, parado. Nenhum movimento. Nenhum som. Nada se mexe. Nem uma folha. Nada. Conheço esse silêncio. Conheço essa calmaria que sempre antecede uma tempestade, um furacão. Uma enxurrada de águas descambarão de meu interior em linhas tortas, cheias de sentimentos e lágrimas de dar dó. Agarro-me na fortaleza do teu espírito e deixo os ventos soprarem intempestivamente. Até que, mais uma vez, a alma aprenda a gritar.