O JUIZADO DAS CORES
Numa tarde ensolarada, com explendor, o céu se encontrava bem iluminado pelo sol. Em poucos instantes o tempo se fecha e se forma um aglomerado de nuvens. Uma densa chuva cai sobre a terra.
O fato ocorre com a maior calmaria no que tange a visão das pessoas. Mas lá na imensidão das cores o Azul-Claro que vê a chuva cair com o sol iluminando a tudo, refere se ao Azul-Escuro, que acabara de chegar, dizendo:
_ Olha Azul-Escuro hoje você não veio trabalhar! Como não estava aqui tive que fazer o seu serviço. Não é fato que para chover o céu tem que se fechar? A escurecida é do tom de cor que pertence ao Azul-Escuro.
O Azul-Escuro apenas ouve as falas do colega. Não ministra dizeres e muito pouco se defende quanto à opinião do Azul-Claro.
O Sol que percebe o comentário resolve intervir.
_ Querido Azul-Claro, vamos ter paciência para com o amigo Azul-Escuro. Está correto o que você esta esteve fazendo? Agiu como um juiz sentenciando o amigo Azul-Escuro. Deveria ter perguntado o porque da falta de hoje no momento da chuva vespertina.
Creio que ele iria te dizer que neste momento se encontrava em ajuda à um menino que pintava um desenho muito belo, que lhe saia do coração. Um desenho que ele desenhava a figura do pai e necessitava da ajuda do Azul-Escuro para colorir a calça Jeans que seu pai sempre veste.
Não importa se a chuva de hoje caiu com o céu azul-claro ou azul-escuro. Importante é que a chuva caiu.
O mais importante é não sermos juízes das ações dos outros sem nem mesmo tomarmos o cuidado de ouvi-los ou tentarmos nos colocar no lugar do próximo.
Naquela tarde os amigos Sol, Azul-Claro e Azul-Escuro continuam a conversar demoradamente sobre tantos assuntos majestosos. Cessam apenas com o anoitecer quando os três vão descansar do dia interessante que tiveram.
Autor: Clodoaldo dos Santos Pereira
Data: 05-05-2011