intruso
Você...
Sim você,
Com que direito invade meu interior?
Escancara janelas há muito fechadas?
Lança fora restos de ilusões, magoas escondida.
Vasculha o baú de memórias, se coloca como anjo,
Anjo protetor escrevendo nova estória.
Que ousadia é essa de mudar minha vida
Trocar flores mortas, de dentro de mim,
Colocou flores novas, cheirando perfume desconhecido.
Ah! Se você soubesse como tenho medo
Esse chão limpo, nenhuma poeira de passado, as janelas abertas.
O sol antes tímido, queima a face pálida.
Agora, vento forte entra porta adentro saindo pela janela.
Sentada no tapete fecho os olhos, a paz que vem de dentro toca a todos que me rodeiam,
Você, sim você...
Fez o melhor por mim e se foi deixando uma nova mulher, fluindo poesia do fundo da alma.
Sorrindo diante da possibilidade
De amar novamente.