Porto de Estrangeiros

É a incompreensão que ronda meu espírito. Faz explodir sentimentos que guardo vivos dentro de mim. No âmago do espírito se desenrola o improvável que luta para vir à tona. Um silêncio que cresce exigindo lugar. Não compreendo as cores que se desenham na parede. Talvez sejam feitas para que eu não as possa compreender. É o inusitado que se esconde de mim, com as asas que não se deixam aprisionar. Se fecha para minha vida como a boca de um túnel herado pelo tempo. Meu cais virou porto de estrangeiros… Que língua falam ? Não dizem. Não explicam lugar. Quem sabe chegou a hora de me calar. É a incompreensão que ronda meu espírito.

Maria
Enviado por Maria em 28/04/2011
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