Adeus a nossas meninas de mochilas rosas / 07 de abril
Seria somente mais um dia,
Um dia como tantos outros...
Acordar cedo, tomar um leite com nescau, comer um pãozinho e despedi-se dos pais.
Uma mochila rosa nas costas com seus cadernos coloridos e brilhantes como toda menina gosta, rumaria para colocar mais um tijolinho na construção dos sonhos de cada uma.
Seria mais um dia de rotina para meninas e meninos, felizes, rebeldes, cheios de sonhos e muita vida pela frente. Cada um saiu do colo de seu pai, mãe ou avós em direção ao lugar que deveria ser o ponto inicial para a realização de seus sonhos. Jamais poderiam imaginar que neste dia neste mesmo lugar seus sonhos seriam interrompidos pela barbárie, pela fúria de um moço, também jovem, porém perturbado. Por mais que tentem explicar tamanha fúria, ficará no inexplicável. Um fato me chamou atenção; sua fúria parecia ter endereço certo, não se dirigiu a mulheres e homens (adultos), foram as pequenas meninas de mochilas e cadernos rosas que enfrentaram a fúria daquele homem que fez questão de deixar escrito numa carta que era virgem. Ninguém jamais saberá o que realmente levou este jovem perturbado a destruir tantos sonhos. Isso só nos mostra o quanto é necessário cuidar melhor de nossas meninas!
“Eles” estão em todos os lugares: nos lares, nas ruas, nos parques, nos shoppings e também nas escolas.
Seria apenas mais um dia, infelizmente este não foi um dia qualquer, foi o sete de abril mais triste da história da educação brasileira e para os familiares dessas crianças que tiveram suas vidas brutamente interrompidas. Que este dia seja lembrado como o dia em que nossas crianças morreram para chamar atenção das autoridades e de toda sociedade para a educação e para os jovens deste país que pedem socorro.
Que nossas crianças que se foram, olhem para todas que aqui permanecem a mercê de políticas ineficazes!