Calabouço

O universo é grande, imenso. Devagar abro as asas e me solto ao vento. Plano solitária. Deixo o vento me levar. Também ele não sabe para onde ir. Leva-me prá lá e prá cá. Sem rumo, sem direção. Queria acreditar... Queria. Queria acreditar que no céu o sol ainda brilha pra mim... Mas... Não consigo mais... As esperanças morreram num golpe de silêncio. Vasculho a alma em busca da gôta de luz que o poeta disse existir em cada um. Nada encontro. Nada. Somente o calabouço interior que me aguarda... de portas abertas. E nem precisaria... Pois dessa porta tenho a chave...

Maria
Enviado por Maria em 03/04/2011
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