85- Prazer sem culpa

"O século 20 levou demasiadamente a sério essas inclinações masoquistas.O gozo de ler um bom livro se tornou uma espécie de prazer culpado,atraindo alcunhas vagamente carcerárias como " escapismo" e "evacionismo".Em meio a esse calvário de escritores e leitores experimentados na dor,Jorge Luis Borges apregoou o hedonismo da razão - para ele,entre o leitor e o texto deveria existir uma relação erótica,baseada no deleite da infinita descoberta."

-Texto de José Francisco Botelho in "A eternidade numa letra do alfabeto"- Revista Vida Simples-março de 2011 -

Confesso: sofro dessa não-doença - o prazer de ler,sem culpa - há mais de 40 anos.E recomendo:deixe-se contaminar e se entregue às descobertas,mistérios sempre renovados.

Maria Neusa em março de 2011

maria neusa
Enviado por maria neusa em 19/03/2011
Reeditado em 19/03/2011
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