VENDAVAL

Estou atenta no meu desatento

Meu cabelo em desalinho

Seu terno em puro linho

Minhas mãos hesitam em teu ser

Viro as costas

Você insiste

Não quero, mas não resistes

E tudo vira um vendaval

E aí tudo desabado

Já basta, somente um trago

A marca que importa agora?

Se a saudade me ignora

E da janela sua mala jogada fora...

Maria Bernadete de Almeida