O milagre da vida vale uma esperança

No meio da grande enchente,

uma vida recém-chegada

agarrou-se à folhinha firmemente

com sua mãozinha delicada.

É a força da vida,

que luta contra o mau tempo

e ainda que rejeitada,

para sair vitoriosa,

diante do mau elemento.

A mão perversa e insana

que abandonou linda criança

não poderia imaginar

que, de sua fraqueza,

a capacidade de lutar

contra toda a natureza

inundou-a de esperança.

Vitoriosa e frágil criatura!

Quantas vidas não são ameaçadas,

nas enchentes, nas tragédias,

nos lares, nas calçadas.

Mas a esperança é pré-matura

para vingar o direito de viver,

o direito de esperar,

uma vida renascer.

Esta poesia é uma homenagem à história real

do bebê heróico que salvou sua própria vida

na enchente que aconteceu na cidade de São Paulo

e foi notícia na imprensa na data de hoje.

Que esta poesia seja acalanto para todos aqueles que

acreditam no bem maior e lutam pela vida em todas as circunstâncias de suas existências. E que não seja necessário que uma cena trágica de enchente comova nossos olhos, nem que os covardes dela se aproveitem para abandonarem os filhos de seus ventres!

Marcia S Bernardino

espuletah@yahoo.com.br

espuletah
Enviado por espuletah em 18/02/2011
Código do texto: T2799383
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