Rio verde

Gosto de sair com adolescentes, sim faço isso pêla minha filha Nayara
Estou me acostumando, isso acontece por causa do seu namorado,Ramay.
Ontem fomos ao médico, fui leva-la, e lá se vai o bando.
Eu, ela, ele e amigos para variar, chegando na clinica, a consulta seria as onze horas, e ai saimos andando.
Essa cidade que eu detestava, onde hoje vejo com outros olhos.
Quando chegamos perto da ponte, já inventaram de descer por uma escadinha, e fomos olhar o rio, eu também sempre gostei de coisas assim.
Eo Magrão, apelido esse que lhe é de acôrdo, por sua altura e sua magresa, saiu pulando sôbre as pedras, fazendo sua gracinhas e eu rindo e torcendo para que êle caisse.
Eu também tive vontade de ir,mas a água suja, não me apeteceu, infelizmente esgôtos da cidade inteira.
Mesmo assim bonito, me traz tristes lembranças, já passei por duas enchentes, nessas duas êle quase acabou com a cidade.
Uma em o ano de 96, na chácara que tinhamos acabado de comprar aqui.
Viemos de Belo Horizonte, só de mudas de plantas ornamentais, trouxemos uns três caminhões , baú.
Pois, sempre produzi essas mudas, e vi a enchente levar tudo , juntamente com todos os meus sonhos.
Tinha um mês e pouco que haviamos chegado aqui, foi terrivél.
Fui tirada de dentro da casa por soldados do corpo de bombeiros, juntamente com a Nayara e sua cachorrinha.
Foi um terror, via até fogo saindo das águas, por causa dos postes.
Eu tampava os olhos da Nayara, para que não visse tanto horror.
Acabei voltando para Belo Horizonte.
E por ironia do destino ou porque a água está na minha vida ou no meu destino. em 98 vim passar o ano novo na casa da Maura, minha irmã.
Ela morando em frente o rio, e de novo, enchente, eu e o Zezé ajudando á tirar suas coisas.
Já saimos com água até a cintura,e eram caminhões de mudanças para tôdos os lados.
Dessa vez quase acabou a cidade, pois foi no centro da mesma.
Depois fomos olhar daqui do alto e sua casa já estava coberta pelas águas.
E hoje me encontro aqui de novo,só que neste apartamento, onde sei que ela não chegará, espero.
E olhando-o ontem, calmo e tranquilo fiquei á imaginar, já estamos na epóca das chuvas, e daqui mais um pouco, êle poderá de novo se tornar louco?
martamaria
Enviado por martamaria em 01/11/2006
Reeditado em 01/11/2006
Código do texto: T279387
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