Missão criança
"Uma mãozinha penetrou em minha janela...eu dei um doce.
A criança juntou-se à outras crianças e afastaram-se felizes:
Iriam repartir o doce..."
Ouvindo o choro de uma criança...
Com estridente eco, distante e insistente...
Levantei-me de minha cama rapidamente...
Era uma fria madrugada...com neblina fininha...
Saí apressadamente e descalça em direção ao clamor...
Subi ladeiras...andei por campinas...atravessei vales...
Vi o orvalho na relva e na flor.
Beirando um barranco...aproximando-me de um porão...
Observei uma mulher sentada em uma cadeira...
Nos braços, um bebê envolto em uma manta...
E que chorava incansavelmente...tão inocente.
A mulher deitou a criança na cama...
Ao lado de outra criança que estava à dormir...
E que tinha os cabelos cacheados...
Parecia um anjo e era tão bela...
A mulher pediu à essa criança: Roseli, cuide dela!
A mulher afastou-se...foi embora...
Adentrei, então, naquele porão...
Me vi tão pequenina junto àquela criança...
Como cuidaria de outra criança que chorava de dor?
Eu, criança grande, acariciei o seu ventre e ela se acalmou.
A mulher apareceu novamente no porão...
Seu semblante me era familiar...ela estava serena e feliz...
Senti um grande amor no coração...Um mesclar de compaixão.
Acordei, então, quentinha...
O porão ficou num tempo distante...
Mas a cena era real...assim como o orvalho na flor:
É possível ver...tocar...sentir...na sensibilidade do AMOR.
SempreRose 27.01.2011