A Seleção e Nossa Vida
Podemos comparar a atuação da seleção brasileira na copa de 2006 com a nossa vida. O time jogou uma bolinha minúscula, mas segundo o seu técnico: “O importante era ganhar”. Na nossa existência, vamos nos contentando com o “suficiente”, para que possamos ir “levando a vida”. Como o esquadrão canarinho, não exploramos devidamente todas as nossas possibilidades e tardamos a nos libertar do lugar comum de nossos conceitos e pré-conceitos, não mudamos, não ousamos e no receituário trivial de ir vencendo nossos problemas sem maiores esmeros, até que um dia nos deparamos com a nossa “França”. O Brasil mal escalado foi o resultado da eleição de prioridades erradas, por sei lá o que, foram privilegiados jogadores que estavam atuando medianamente (ou abaixo disso), em detrimento de outros que jogam um bolão. Assim também escalamos mal nossas prioridades, estacionando com um pé no passado e outro no indefinido, sem vislumbrar a possível ação de um passo à frente. Perder ou ganhar, são resultados possíveis, mais como ganhamos ou perdemos é que faz a diferença: brigando como a Argentina, vencida nos pênaltis pela Alemanha, ou ajeitando a meia enquanto o gol francês mandava a empáfia verde e amarela “zidanar”. Jamais devemos nos considerar o máximo ou os melhores por nos destacarmos em alguma atividade, pois se chegamos ao máximo e ao melhor, não temos mais para onde crescer, evoluir... e assim estagnamos, atolados na arrogância egocêntrica que não nos permite enxergar os outros. Procure vencer bem suas dificuldades, não vencer displicentemente, tenha o máximo e o melhor como objetivos que se renovam a todo momento, seja humilde e interessado naquilo que faz... Com toda certeza: “O acaso não vai te proteger enquanto você andar distraído”.
Antonio Pereira (Apon)
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