Palavras são apenas palavras.
Palavras são como facas afiadas, e quando usadas como ofensas, ferem. Não conseguem matar o corpo, mas produzem cicatrizes enormes na alma. E algumas são tão profundas que mesmo durante uma vida inteira não há remédio que consiga fecha-las.
Mas existe em cada um de nós um antídoto natural que age como um balsamo, são aquelas pequenas gotas tiradas da sabedoria, do entendimento do que agora somos e o que mais tarde nos tornaremos, e por não sabermos nem mesmo ao certo de onde viemos, usamos misturar este contra veneno numa só ação, e simbolicamente o servimos ao dono da língua felina, numa taça da vida chamada perdão.
E no fim, quando completarmos o nosso ciclo, todas as coisas, as palavras, serão esquecidas, e como resultado final teremos o dito pelo não dito.