Em um ano
Janeiro passa bem rápido.
E fevereiro a gente nem vê.
Março vem quase descalço.
Pra poeta nenhum perceber.
Abril vem bem disfarçado.
E maio, só noiva que vê.
Junho é “chêi” de disparo.
Pipoca e chita godê.
Em julho fico resfriado.
Agosto dá gosto de ser.
SERtembro, embrionário.
Pra maio o filho nascer.
Outubro, poeta em outeiro.
Novembro em semanas, morrer.
Dezembro já clama janeiro.
Ligeiro, outro ano nascer.
E todos nós, ficando velhinhos.
Feliz 2011.