Em um ano

Janeiro passa bem rápido.

E fevereiro a gente nem vê.

Março vem quase descalço.

Pra poeta nenhum perceber.

Abril vem bem disfarçado.

E maio, só noiva que vê.

Junho é “chêi” de disparo.

Pipoca e chita godê.

Em julho fico resfriado.

Agosto dá gosto de ser.

SERtembro, embrionário.

Pra maio o filho nascer.

Outubro, poeta em outeiro.

Novembro em semanas, morrer.

Dezembro já clama janeiro.

Ligeiro, outro ano nascer.

E todos nós, ficando velhinhos.

Feliz 2011.

Fábio Alvino
Enviado por Fábio Alvino em 11/01/2011
Reeditado em 13/01/2011
Código do texto: T2721890
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