QUEM SOU EU?
Escrito em memória da minha irmã Cláudia Rodrigues Nogueira, que na manhã de hoje, 11/12/2010, o SENHOR acaba de recolher para Si.
Sou mais forte do que um guindaste, mais duro que um diamante;
Sou mais complexa do que uma equação matemática de alto grau de dificuldade;
Sou mais imprevisível que um tsunami;
Sou mais dolorosa que uma ferida incurável;
Sou mais veloz que um cavalo de pura raça;
Sou eu a evidência que tudo passa.
Sou mais capaz do que um mestre renomado;
Sou mais didática do que uma aula de docência;
Sou mais convincente do que um resultado de banca de prova;
Sou mais introspectiva do que uma sessão de psicanálise;
Sou eu, a melhor educadora que a humanidade conheceu.
Sou mais profunda do que todas as ciências juntas;
Sou mais inflexível do que um tarugo de tungstênio;
Sou mais direta do que a reta mais retificada que possa existir;
Sou mais pontual do que o maior ortodoxo dos ingleses;
Sou eu, a mais a mais antiga senhora imaterial;
Eu fui criada no jardim para limitar o tempo de vida do ser humano que tinha a perspectiva de viver.
Sou eu, eu sou a uma sentença.
Sou, para alguns, a desculpa, para outros, um resultado;
Para os inimigos sou alegria, para os desconhecidos a indiferença, mas para os próximos sou a tristeza;
Posso ser qualquer coisa que queiram dizer, mas não posso deixar de reivindicar o meu principal título: Divisora.
Eu divido a trajetória das pessoas;
Eu separo as pessoas em duas fases: Decisão e conclusão.
Sem precisar reivindicar título sou grade mais curta de um curso
Sou a mais eficiente escola de reflexão do mundo.
Eu sou a visita indesejável;
O início de um corte;
A presença dispensável;
Sou a tão temível morte.
Eu sou a morte. Há morte!
`Preciosa é à vista do SENHOR a morte dos seus santos` (Sl 116.15).