37 - "Veludo áspero"

" Para falar do medo

chamo a noite,

seu veludo áspero

na garganta.

Chamo as raízes

apodrecidas no cerne

da terra,

chamo as notas

estridentes

de um violino quebrado.

Para falar do medo,

escrevo no quadro-negro

a palavra mortal."

Roseana Murray

in Carteira de Identidade

- Escondo meus medos atrás das máscaras cotidianas da aceitação e da alegria.

Encarar com coragem os medos!Esses versos me desafiam.E eu aceito: vou mergulhar e dar nomes,

e, quem sabe,senti-los correr livres em mim.

Maria Neusa em dezembro de 2010

maria neusa
Enviado por maria neusa em 01/12/2010
Código do texto: T2647471
Classificação de conteúdo: seguro