Revolta

Me revolto ao ver que meu tempo esta passando,

e nada to fazendo,

nada ta acontecendo,

to cruzando os meus braços,

e deixando a vida seguir,

sem me interferir,

sem dar sequer um passo,

estou aqui,

de mãos atadas,

sem planejar,

sem conquistar,

e sem vontade de seguir.

To dando um tempo pra que haja tempo,

pra eu poder sair daqui,

da total solidão em que me encontro,

na aflição de tanto buscar,

andando em caminhos que não me levam a lugar nenhum,

insistia em seguir, mas hoje, eu parei aqui,

sentada a beira do caminho eu fiquei,

tentei continuar a caminhar, não andei,

sentada continuei, a pensar no caminho a seguir,

longo demais, estou cansada, desanimei,

e não vejo nada a esperar por mim,

parece um eterno abismo, onde o fundo,

não se vê e não se sente,

E me revolto, até com o que penso,

por que penso errado, e só lamento,

o fato de não poder mudar

o rumo do meu pensamento,

não poder acreditar que tem um

mundo pra descobrir, e

eu não enxergo, por que parei,

e no caminho eu fiquei,

a esperar um milagre, sem saber,

que tudo posso, é só eu querer,

e não ter medo de continuar,

revolta passa e eu vou estar bem melhor amanhã,

quando eu acordar!

Sônia Amorim

http://escritorauniversoparalelo.blogspot.com/

Sônia Amorim
Enviado por Sônia Amorim em 30/10/2010
Reeditado em 03/11/2010
Código do texto: T2586725