DA OPÇÃO POLÍTICA OU DA COR DE CADA UM
Tenho minhas próprias convicções. Isto não significa que, tendo estas minhas convicções a cor verde, ou vermelha, ou azul, ou cor-de-rosa, ou cinza-chumbo... ela, a cor das minhas convicções, me dê o direito de declarar guerra ao meu semelhante, seja ele meu marido,ou meu pai, ou minha mãe, ou meu irmão, ou meu filho, ou meu amigo, ou meu vizinho, ou meu colega de estudos, ou meu colega de trabalho, ou aquele que segue a meu lado no metrô, ou o mendigo que dorme na calçada, ou o guarda de trânsito, ou... enfim, a cor por mim escolhida não me dá qualquer direito extra senão o de portá-la, a minha cor, com liberdade e sem coação a quem quer que seja, para que ninguém se sinta humilhado ou segregado por ter escolhido para si cor diversa daquela por mim escolhida; esta deve ser, na minha opinião, a bandeira de cada ser que se pretenda pessoa democrática. Tolerância e respeito pela opinião do outro; o direito e o dever de exigir respeito e tolerância à própria opinião. SEJAMOS, CADA UM DE NÓS, PORTADORES DA PAZ, SEJA QUAL FOR A COR DA NOSSA BANDEIRA; TAREFA MUITAS VEZES DIFÍCIL, TAREFA ABSOLUTAMENTE INDISPENSÁVEL PARA A PRESERVAÇÃO DO ESTADO DEMOCRÁTICO, NA VIDA COLETIVA, NA VIDA PESSOAL.
Zuleika dos Reis, na tarde de 25 de outubro de 2010.