SINETE DE EMBARQUE
"Viver e não ter vergonha de ser feliz" é o que me move. Acaso estou bem? Melhor do que nunca. Os escritos saem do forno tal como a asma, o diabetes, coronárias entupidas, o descuido de não gostar de caminhar, o gosto bom das comidas... A vida corre: é um ágil barco. E mexo dentro dela com uma garganta profunda: falo, falo, “falus”, no ato, de vez em quando, pra que o momento não se vá... O corpo se corrompe, a ideia fica como sinete de embarque: passaporte para a aldeia dos anjos.
– Do livro O NOVELO DOS DIAS, 2010.
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