Fechando feridas
Ao longo da nossa vida costumamos abrir feridas em nós, na alma, na mente. Que com o tempo percebemos que precisam ser fechadas para continuarmos a seguir, ou para mudarmos a direção, o rumo da vida.
Para isso é preciso rever toda nossa trajetória, rever conceitos, descobrirmos os nossos próprios erros. Assim teremos condição de saber qual ação corresponderá ao tratamento de cada ferida.
Umas bastarão esquecer, passar uma borracha, outras dependerão de um reencontro, ou um pedido de desculpas, perdoar alguém, ou até mesmo dizer adeus.
È como na morte, o ente precisa viver o luto, a dor, depois a saudade e por fim a compreensão. Essas etapas são importantes, assim como fechar a ferida precisamos refletir, pontuar e agir.
Fechar ferida é o mesmo que não viver presa ao passado. No entanto, as vezes não basta esquecer ou falar “ o que passou, passou”, ou “quem vive de passado é museu”. É importante fecharmos ciclos.
Depois de ciclos fechados é preciso renovar: cortar excessos, criar novas metas, hábitos, visual, seja lá qual for o caminho que você escolher seguir, precisa terminar ciclos, fechar as feridas, criar cicatrizes concretas. Caso contrário qualquer caminho que seguir andará em passos lentos, pois erros, pressões, e resquícios do passado atuará sobre você como um empuxo¹, ou seja, como uma força igual a sua (de avanço) que te puxa ao seu estado inicial. O que na água parece leveza, na vida será estagnação.
A vida é como um computador: se começar abrir muitas janelas, sem fechá-las, após o uso, acaba por sobrecarregar, e a tornar a máquina lenta. Assim não deixe acumular janelas e tão pouco feridas. Feche ciclos para que a vida realmente seja um eterno recomeçar a cada dia.