A quem interessar possa...

Algum lugar do mundo, 11 de setembro de 2006

A quem interessar possa, venho deixar o registro de minha indignação. Tanto a midia televisiva , auditiva, e escrita estão a homenagear os que tombaram na funesta data de cinco anos atrás, que resolvi por minha conta e risco mostrar tambem meus pensamentos. Nao compactuo, nem jamais o fiz, com a violencia, se posso dizer, tento seguir o Ahimsa ( a nao violencia). Tambem nao defendo os atos macabros da data tratada, longe disso, apenas, e tão somente, após tantos mortos, feridos, e traumatizados, venho perguntar aos que lerem esta carta, se alem das vítimas dos atentados, alguem mais pode-se dizer inocente?

Senao, vejamos: após a fatídica, tivemos a mobilização do mundo, que tanto horrorizou-se ante os atos terroristas, avalizando atos ainda mais vis, torpes, e tambem execráveis,( convencidos por um "desmandante" presidente e um seu assecla primeiro ministro) que seria preciso erradicar o mal da terra na forma de outro déspota e tirano de um país pequeno, sem importancia estratégica, mas muito rico...em petróleo.(portanto, poderio economico)

Caro (a) leitor (a), apelo ao seu bom senso, e ao minimo pensamento espiritual que possua, independente do seu credo religioso, grau de instruçao, ou valor cultural. Nao olvido a dor dos familiares dos vitimados, tampouco aqui a minorizo ou vilipendio, ao contrário, por essa dor, e tambem pela dor dos milhares mortos após o ataque as Torres, dali muito longe, em terras distantes, é que trago minhas palavras a seus olhos. Nada justifica violencia, nenhuma morte valida outra morte. Se nos dizemos seres humanos, deviamos pois ser irmanados pela mesma especie , e nao segmentados pela cor, credo, e muito menos, pelas riquezas que possuimos, ou que jaz a nossos pés na terra que pisamos.

Que futuro teremos, enquanto ludibriados pela ganancia, orgulho e fanatismo de uns poucos, que auxiliados pelo quarto poder moldam nossos pensamentos e assim: destinos?

Desde o principio em que o homem matou pela primeira vez, descobriu-se a tirania do forte , a opressao do mais esperto, ora ditadas pelo medo, ora pelo egoismo e pela ganancia.

Nao tem peso a lagrima da mãe que chora seu filho, ou a dor do filho, esposo, irmao...Nao tem valor a vida da criança mutilada, do jovem martirizado, dos corpos mortos aos montes como sementes de ódio a terra lançados.

Hoje, ontem, foram eles os sacrificados...seremos nós amanha? Nossos filhos?

Fica minha pergunta ...até quando?

Até quando meu Deus? até quando...