Negócio é o seguinte

Texto publicado no meu blog no dia 12 de julho de 2010 para justificar minha ausência e a falta de novos textos (duas coisas que não são nenhuma novidade. Atualizo bem pouco.).

Serve também para explicar o porquê de eu não publicar mais aqui. Eu só não estou escrevendo novos contos, mas acesso, sim, de vez em quando minha conta no Recanto das Letras, e leio algumas coisas de outras pessoas.

Querendo fazer contato, é só enviar um e-mail: lbarrosmoura@gmail.com

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Negócio é o seguinte. Tô escrevendo um romance.

E isso é uma coisa tão legal, tão grande, tão desafiadora, que olhe. Nem sei dizer. Mas, acima de tudo é incerto. Porque, conforme eu escrevo, não tenho certeza se sei mesmo o que estou fazendo, ou se tô só escrevendo, escrevendo, escrevendo e rumando pro nada. Sim, porque posso chegar ao fim da história e ver que o esforço não compensou, que o livro não vale a pena, que não é capaz de prender ninguém à leitura. E esse é meu medo. Aí é que mora a insegurança.

Estou na primeira versão dele. É uma ficção. Depois de terminar essa primeira, parto pra segunda, que consiste praticamente em reescrever todo o romance. É sério. Li que, quando ler a primeira versão, na hora de começar a segunda, vou achar tudo uma droga. A história pode estar desconexa, as personagens provavelmente serão fracas e o livro no geral não será interessante, fora as frases fora de lugar e os parágrafos desnecessários. Isso me faz relaxar um pouco: saber que tá ruim!, mas que essa é uma característica da primeira versão, que deve ser escrita sem muitos cuidados. Não que se deva necessariamente fazer assim mas, dentre as possibilidades, esse foi o jeito que eu achei mais legal: escreve, escreve, escreve, pá pá pá, rapidão. E depois revisa, arruma, conserta, troca, corta.

Outra coisa que me tranquiliza é saber que essa insegurança acontece a todo o mundo que escreve. Até que se termine a primeira versão não se pode dizer que qual é a história e nem se ela é boa de verdade. É como se a história flutuasse por aí, ou estivesse à deriva, até encontrar alguém, um par de mãos para digitá-la (ou uma só mão, haha, vai saber). O autor não tem o controle, isso que eu quero dizer. Pouquíssimos caras conseguem escrever do início ao fim um romance do jeitinho que planejaram. Menor ainda é o números de escritores que escrevem coisa boa desse jeito.

Por isso eu prefiro não planejar. Vou escrevendo, a história vai se escrevendo, e é isso.

E é isso, e é isso.

Não quero ter me explicar, falar do porquê eu não posto aqui, acho isso chatinho de ler. Só digo que quando criei o BARROSMOURA, minha única intenção era usá-lo como depósito. Escrevi alguma coisa bacana, vai pro blog. Pensei alguma coisa legal e quero registrar, vai pro blog. E por aí vai. Como de costume, sem compromisso nenhum com posts, ok?

Ainda mais agora.