O Antídoto

William Shakespeare diz que: guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra.

A Bíblia já nos ensinava a muito tempo qual é o antídoto para este tipo de veneno: o perdão.

O problema é que nós achamos injusto tal antídoto, pois parece que quem nos prejudicou é que leva a melhor. Na verdade o perdão é assumir uma perda grande, muitas vezes, irreparável. Ao assumirmos tal "perdona" ou "perdão" temos condição de continuarmos livres em nossa caminhada. É assim que nos mostra o texto de Mateus 18: 21-35. O que eu acho interessante neste texto é que o perdão é mostrado como uma decisão de vontade. Quando tentamos manter o ressentimento saímos da condição de servos do Rei e descemos pra o patamar do conservo que nos deve. Ao decidir perdoar saímos da condição de servos e ficamos parecidos com o Rei que nos perdoou. Não tomamos essa decisão porque o sentimento de mágoa foi transformado, mas tomamos a decisão para que ele seja. Toda decisão tomada e mantida enfraquece um sentimento contrário a ela. Primeiro toma-se a decisão depois o sentimento é restaurado.

Hoje já existem profissionais habilitados a dar cursos que ensinam como perdoar. Porém, creio que essa tarefa deve ser da Igreja de ensinar e viver essa dimensão de amor que nos foi passada por Aquele que nem precisava nos perdoar, pois nunca pecou. Mas Ele deixou seu exemplo, nos perdoando, dando-nos o antídoto que nos livrou deste veneno mortal.

Tal veneno antes de nos matar definitivamente deixa úlceras altamente contagiosas. Por isso “tende cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem”.

Tome depressa o antídoto.

Adriana Pacheco
Enviado por Adriana Pacheco em 03/07/2010
Código do texto: T2356691
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