Por que escrevo
Muitos me perguntam por que eu escrevo e eu fico pensando em qual seria a resposta mais adequada. O que posso dizer? Apenas que não me imagino sem escrever, não vivo sem fazê-lo. Se eu não escrevesse, seria como se me faltasse um órgão vital, aquilo que forma minha essência e o que sou. Talvez não seja a melhor resposta, mas é a única que consigo dar. Posso também dizer que escrever foi uma maneira que encontrei de me tornar imortal, não ser como as nuvens que, uma vez dissolvidas, é como se nunca tivessem existido. Alguém me lerá e uma parte minha estará lá, passando a fazer parte de quem vier a me ler. Eu não quero ser a melhor escritora do mundo, quero somente me expressar e proporcionar prazer, alimentar a alma de quem me lê. Sim, porque, ao ler um poema, conto ou romance, nossa alma se alimenta, ganha elementos que a fazem crescer e se descobrir. Nunca serei uma escritora perfeita, bem o sei, mas sempre darei o máximo de mim, lapidando-me e polindo minhas palavras, para que reluzam e iluminem o mundo do leitor. Que eu consiga lhes transmitir a noção do que é belo, bom e valioso. Que eles, tendo contato com minhas ideias, alarguem suas concepções do mundo. Sejam meus leitores agraciados com momentos prazerosos e enriquecedores.Eu amo escrever, amo aperfeiçoar sempre meu trabalho, amo lavrar e adubar o terreno que é a minha mente, onde tudo que eu ponho no papel primeiro se organiza, para que meus leitores tenham o melhor. Pode não ser o melhor para eles, mas eu espero, sinceramente, que eles compreendam que eu lhes dei o melhor de mim.