Esperança

Uma borboleta pousou ao meu lado abrindo suas asas me demonstrando sua alma vívida.

Nisto abri uma carta que escrevi em um ano qualquer, não me lembro. A carta falava de uma linda moça que conheci quando ainda era jovem.

“Seu olhar igual ao nascer do sol, sua boca suave como o toque de uma pétala e seu corpo de menina já feita que me envolveu em uma noite de inverno.”

Abri um sorriso. Lembrei de como a moça era bela e dos bons momentos que passamos juntos.

Sua doce voz me cativava...-a carta dizia-

Foi ai que me encontrei sozinho apenas na companhia daquela bela borboleta. Como eu era triste, sabe, que todo este tempo vivi a espera de uma moça como aquela.

Uma lágrima caiu dos meus olhos e molhou a carta por inteiro, me enchi de tristezas naquele momento.

A borboleta com um vôo suave pousou em minha mão, aquela que segurava a carta, ela abriu suas asas novamente. Que momento lindo! Ela parecia que me olhava nos olhos e me pedia para continuar.

Ela voou novamente e pousou na janela, como se me dissesse me siga. Eu fui rápido até a janela e olhei para fora. O sol estava lindo, estava ali me esperando, as flores ainda estavam enfeitando o jardim, os pássaros ainda cantavam músicas maravilhosas, nada havia mudado.

Guardei a carta no bolso e continuei o meu caminho...