Lição de Vida

Numa tarde de muito calor, após uma manhã de trabalho exaustivo.

Voltava para casa cansada, destilando suor por todo o corpo,e anida era preciso esperar mais de meia hora no ponto de ônibus "torrando" ao sol o bendito ônibus passar....

Entediada pensava..."que droga de vida", de mau humor sem querer assunto com ninguém,em minha cabeça era só esperar e esperar o tal ônibus chegar, e além disso aquele calorão!

Foi então que uma cena me chamou atenção!

Ao longe notei que uma pessoa vinha em minha direção...Fiquei olhando curiosa,porque de longe pareceu ser um anão,mas conforme a distância diminuia consegui ver com mais nitidez.

Era um senhor de mais ou menos cinquenta e cinco ou sessenta anos,carregando uma muchila nas costas.

Este senhor que me pareceu ser um homem pequeno,mais de perto deu pra ver que não possuia as duas pernas.

O tronco do seu corpo ficava enrrolado em algumas sacolas plásticas, em suas mãos tinha um par de luvas grossas.

Com dificuldade aquele pequeno , mas GRANDE HOMEM, arrastava seu corpo mutilado pelo asfalto quente,usando o impulso de suas mãos.

As pessoas que ali estavam assim como eu,olhava para ele com expressão caridosa(pena)era dificil fixar o olhar naquele homem,sentia meu coração apertar, e vontade de chorar!

Movida por este sentimento percebi, que mesmo com toda dificuldade que o pobre homem tinha para locomover-se,subir os degraus do ônibus,e até mesmo dar o sinal para a condução parar,porque as vezes os motoristas não enxergavam o pequeno senhor no chão,outras vezes cruelmente não queriam ver e passavam sem parar.

Passando por tudo isso...Sentindo o mesmo calor que eu estava sentindo, ou melhor um calor maior do que eu ou qualquer um que estava ali, sentia naquele momento,pois seu corpo toca diretamente no asfalto quente, e mais as sacolas plásticas que o envolvem não deixando transpirar.

Mas, ao olhar para seu rosto de expressão tranquila e serena,olhar brilhante(brilho da esperança,brilho da resignação da vontade de um Deus maior,brilho da fé).

O senhor alegre acena para alguns ônibus que passavam ao que os motoristas seus conhecidos retribuem com um buzinar...

Este senhor não reclamava da espera, nem do ônibus lotado,muito menos do calor.

Neste momento examinei profundamente meu ser ...

Senti vergonha!

Vergonha de queixar-me do cançaso,

Vergonha de queixar-me do calor,

Vergonha de queixar-me da espera do ônibus,

E de muitas outras queixas que surgem ao longo do dia...

Muitas foram as vezes que reclamei ,

Muitas foram as vezes que me enxerguei como vitima...

Poucas foram as vezes que agradeci a Deus a vida que me deu,

pouco lembrei-me de agradescer o corpo perfeito que tenho,

E por possuir pernas e braços fortes para andar em um ônibus lotado e conseguir me segurar,

Também não agradeci o trabalho que garante o meu pão de cada dia.

Depois deste dia a vida ficou diferente,

Aprendi olhar as coisa que acontessem buscando sempre o melhor angulo,

Pois tenho certeza que tudo que nos acontece ,é responsabilidade de um plano maior, que as vezes não compreendemos mas, preciamos cumprir.

E sempre que as coisas se tornam difìceis ,

Lembro-me daquele dia de muito calor no ponto de ônibus,

e de um homem anjo de muchila nas costas,

Trazendo um brilho de amor no olhar!

pequena águia
Enviado por pequena águia em 25/06/2010
Código do texto: T2340673