A PREGUIÇA

Que nada, queridos poetas, não sou um inspirado! Eu sou, apenas, um condenado a pensar, talvez a dizer a que vim... Esta segunda descoberta depende do leitor. Se ele for preguiçoso, daqueles que não gosta de ativar os neurônios, dificilmente saberá o que digo. Por vezes, fico com Augusto Meyer, em “Metapatafísica: digo, digo que digo, não digo... O que era mesmo que eu queria dizer?". E o riso substitui o roto das imagens feito um bicho-preguiça que se enreda no rabo e se estatela no chão...

– Do livro O NOVELO DOS DIAS, 2010.

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