CONTEMPORANEIDADE

E como não gostar de uma figura tão bem acabada como tipo estético e humana criatura? Uma cabecinha que só remete belezas... Mensagens que sempre calham aos olhos como estrelas... E quando te vejo assim – formosa – a noite cobre a luz do dia, só pra que, mesmo abrindo os olhos, eu veja somente a estampa no lusco-fusco das fantasias. Isto seria é o tal de amor platônico? O lirismo da personificada Poesia? Ou é somente o encantamento com o Belo, nos jardins da modernidade internética? E, ao abrir as páginas do jornal na página policial, derreto-me em lágrimas. Cuspo interrogação e indignações. Este é o mundo que não desejo, mas tenho de coabitar com ele...

– Do livro O NOVELO DOS DIAS, 2010.

http://www.recantodasletras.com.br/mensagens/2189138