PERDÃO

Pelas vezes em que fui egoista

Querendo tua atenção

Pelos momentos ausentes

Quando deveria estar presente

Por querer entrar em tua vida sem convite

Pelas vezes em que roubei teu tempo

Para preencher meu vazio

Pelas vezes que te exigi ser forte para proteger-me

Negando-te assim, o direito de também ser frágio

Perdão, pelas vezes que chorei

Quando precisavas do meu sorriso

Perdão pelas horas em que me empolguei

Falando de minhas alegrias e conquistas

E não te dando a chance de falar-me das tuas

Perdão por falar-te das minhas angústias

Esquecendo-me de perguntar das tuas

Perdão pelas vezes que te fiz cuidar da minha alma ferida

Esquecendo-me de oferecer-me para cuidar da tua

Perdão por sufocar-te de tanto Amor

Sem perguntar se o querias

E por querer ser, do teu ventre, o fruto desejado

Quando poderia ser, no teu coração, aquela sementinha de Amor.

Boston, April, 10,2005 – 01:59am