Por quê? Por quê? Por quê?
Querid@ Amig@,
Estou em frente à janela...
A noite está quieta...lá, no horizonte, vejo raios a desafiar os céus...
É prenúncio de chuva forte...
A natureza parece inquietar-se com tanta água...
Disse à minha amiga que São Pedro está a desperdiçar água...
Se ele continuar com isso...
Penso que precisarão racionar o precioso líquido no céu...
Meu Deus, quanta chuva!
Bem, mas ...
Não foi pra falar do tempo que vim à Escrivaninha...
Vim pra falar sobre amor...
Amor combina com culpa?
Devo me desculpar por amar?
Penso que há uma certa contradição nisto,
naqueles que rezam pelos quatros cantos
pronunciando a palavra amor...
Primeiro esperam amar e para tanto...
esperam que se sinta dor...dor?!
O amor só vale quando doi?
Tem sentido uma afirmação dessa?
Pra amar eu tenho que expulsar a alegria de mim?!
Entristecer-me? Temer?
Como compreender o medo de se entregar para a vida?
Não tememos a manifestação de nossos rancores...
Mas nos envergonhamos de confessar a beleza do amor...
Recusamos confessar ao ser que amamos,
que ele é a razão de nosso bem querer...
O amor não é sentimento que enfraquece, prende, intimida...
Desculpe-me os sábios de plantão, que rezam o contrário, mas...
O amor fortalece, liberta , encoraja...ilumina!
Desde quando, amando, eu tenho que me sentir culpada?
Desde quando, amando, eu tenho que me sentir envergonhada?
Por que devo ocultar sentimento tão belo?
Por que devo recusar uns braços estendidos?
Por que não partilhar e compartilhar o que sabemos efêmero ?
Po rquê? Por quê? Por quê?
A resposta talvez seja simples, única...
Porque somos tolos...muito tolos!
Angela....:)