O amor eu acho que nunca conheci

O amor eu acho que nunca conheci

Nesta vida muitas tormentas já vivi

Talvez por idealizar coisas que nunca iriam acontecer

E agora me aparece você

Com esse quê revolucionário

Veio bater a porta de um guerreiro desligado

Sempre deixei o mundo me levar,

Nem armas levanto mais

Minha cabeça não me deixa em paz

Vivo um dilema entre três animais

Um quer fazer o que der na telha

O outro amar sem barreiras

E o outro quer controlar todos os passos

Oh animais miseráveis, não me deixam em paz

O problema é que escuto o mais controlador

Por isso vivo um terror

Escondida dentro de um casulo

Sem me mostrar para o mundo

Por traz desse casulo existe uma lagarta

Que busca uma moral inalcançada

Por que sou assim? Ninguém me responde

Então permaneço seguindo nesse bonde

Que ruma em direção ao sul

Ao sul da loucura

Porque não quero a cura

Prefiro dar minha palavra

E servir sem mancada

Só assim acho que sou querida

Pelas asas benditas da minha classe amamentadora

Até quando seguirei? Essa eu não.

Lógico, nunca sei de nada...

Tenho medo de me arriscar e a cara quebrar

Sempre fui assim

Trovador, não sou a flor de Liz

Que os guerreiros com orgulho desenhavam em seus brasões

Sou apenas uma samambaia de enfeite, sem nada

Mais uma no mundo dos perdidos

Sem lanterna, nesse mar de redemoinhos

A espera de mim mesma

Para poder me libertar

Então, te peço que sejas esse anjo de luz e encanto

E a outros corações liberte.

Me deixa aqui nessa solidão, só preciso do teu perdão

Pra ter um pouco de alivio,

E tuas palavras seguirei ouvindo quando o vento ao meu ouvido sussurrar:

“Bela Lídice”, te responderei com a mesma batido de coração: meu Trovador que solidão, mas ainda guardo teu olhar no meu peito a inflamar a loucura da canção.

Lídice França
Enviado por Lídice França em 28/01/2010
Reeditado em 30/01/2010
Código do texto: T2056847
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.