O amor eu acho que nunca conheci
O amor eu acho que nunca conheci
Nesta vida muitas tormentas já vivi
Talvez por idealizar coisas que nunca iriam acontecer
E agora me aparece você
Com esse quê revolucionário
Veio bater a porta de um guerreiro desligado
Sempre deixei o mundo me levar,
Nem armas levanto mais
Minha cabeça não me deixa em paz
Vivo um dilema entre três animais
Um quer fazer o que der na telha
O outro amar sem barreiras
E o outro quer controlar todos os passos
Oh animais miseráveis, não me deixam em paz
O problema é que escuto o mais controlador
Por isso vivo um terror
Escondida dentro de um casulo
Sem me mostrar para o mundo
Por traz desse casulo existe uma lagarta
Que busca uma moral inalcançada
Por que sou assim? Ninguém me responde
Então permaneço seguindo nesse bonde
Que ruma em direção ao sul
Ao sul da loucura
Porque não quero a cura
Prefiro dar minha palavra
E servir sem mancada
Só assim acho que sou querida
Pelas asas benditas da minha classe amamentadora
Até quando seguirei? Essa eu não.
Lógico, nunca sei de nada...
Tenho medo de me arriscar e a cara quebrar
Sempre fui assim
Trovador, não sou a flor de Liz
Que os guerreiros com orgulho desenhavam em seus brasões
Sou apenas uma samambaia de enfeite, sem nada
Mais uma no mundo dos perdidos
Sem lanterna, nesse mar de redemoinhos
A espera de mim mesma
Para poder me libertar
Então, te peço que sejas esse anjo de luz e encanto
E a outros corações liberte.
Me deixa aqui nessa solidão, só preciso do teu perdão
Pra ter um pouco de alivio,
E tuas palavras seguirei ouvindo quando o vento ao meu ouvido sussurrar:
“Bela Lídice”, te responderei com a mesma batido de coração: meu Trovador que solidão, mas ainda guardo teu olhar no meu peito a inflamar a loucura da canção.