A fórmula da felicidade
 

          Por acaso seu ânimo está preparado para conhecer a verdade? Por acaso sua mente está preparada para assimilar um novo conhecimento? Por acaso seu espírito está preparado para vencer novos desafios?

          Se sua resposta foi afirmativa para todas essas perguntas, sinto informar que você está no caminho errado!

          A verdade não é um produto que vem pronto e embalado, acompanhado de um manual de instruções e com certificado de garantia. Seja lá o que for ou qual for a verdade, sempre será aquilo que você conseguir acreditar. E, obviamente, cada um acredita no que pode e não no que quer.


          O conhecimento, por sua vez, não é feito só de informação. De nada adianta acumular dados, decorar fatos, ou recitar idéias. O conhecimento é algo que transcende a ciência, porque ele é essencialmente uma questão de consciência. E só se tem consciência daquilo que é vivenciado e o único saber eficaz é aquele que é posto em ação de forma concreta e com resultados satisfatórios.


          O desafio, ordinariamente, é qualquer circunstância que ofereça algum obstáculo aparentemente dificultoso que precisa ser superado. Daí a noção comum de que é preciso força de vontade, coragem e muita garra para encarar pequenas e grandes batalhas. Tudo isso está correto, porém, o único desafio que merece ser vencido é aquele de convencer a si mesmo que não há obstáculo grande o suficiente que não possa ser ultrapassado. Vencido esse desafio, nada mais parecerá ser um desafio.


          Na prática, seria bem simples repetir que a fórmula da felicidade nasce de uma frase bastante corriqueira: “Faça o que o seu coração mandar”. Entretanto, já diz a sabedoria popular que “errar é humano”. Portanto, seu coração, se tomado como a força motriz da alma do ser humano, está sujeito, também, a errar e, assim, induzir a erro. Ouça o que seu coração manda, mas não feche os ouvidos para o que sua consciência alerta.


          É! Lamento informar que não conheço nenhuma fórmula específica para a felicidade porque ela, em si, também não é algo que se possa definir com clareza definitiva. Ora a felicidade reside aqui, ora acolá. Ora a felicidade está nisto, ora naquilo. Ora a felicidade é um sonho possível, ora uma fantasia inalcançável.


          De nada adianta ter-se tudo que se deseja, ou viver um contentamento indizível. Tudo que se tem está sujeito a ser perdido e, mais cedo ou mais tarde, algum dissabor sempre acontece.


          Todavia, não há motivo para desânimo ou abatimento. Ser feliz, ao que tudo indica, é algo que depende de uma escolha nesse sentido. Não crer-se jamais uma vítima é um bom começo. Além disso, buscar fazer sempre o melhor e nunca desistir de melhorar, mais e mais. Trabalhar pela conquista do que se quer nunca deixará de ser um prazer se o esforço for honesto e dedicado e o desejo algo legítimo.   Tratar o melhor possível a todo mundo, sem deixar de respeitar a si mesmo e respeitar incondicionalmente a todo mundo sem destratar a si mesmo.


          Que mais? Descobrir dentro de si o que existe para oferecer ao mundo e doar-se, porque o bem sempre compensa e a vida quase sempre recompensa!

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