A SAGA DO DIAMANTE
O diamante nascera do fogo, ungido em meio às lavas rubras e quentes, gerado no magma do útero da mãe terra e ejaculadas pelo vulcão em erupção.
Após esfriar,tornara-se apenas uma rocha sem brilho, cheia de arestas irregulares, incrustada na encosta da íngreme montanha.
Com o passar dos séculos, fustigado pelos ventos gelados e solapado pelas chuvas torrenciais, foi ficando cada vez mais escurecido pelo cascão de sujeira que incorporava.
Alcançou o rio, e no seu leito, foi durante milênios, rolando, rolando, em direção ao oceano.
Nunca o alcançou, mas rolou muito pelos riachos, afluentes e rios.
Quanto rolou, quanto perdeu as arestas, até que se tornou igual a tantos outros bilhões de pedregulhos a rolar, sem saber para onde ia, somente sabia rolar, como todos, sem saber o porque , de onde vinha, nem para onde ia.
Um dia, porém, resolveu parar e ficou preso a beira do rio.
Muitos anos se passaram, e ele ali, estático, embalado pela água fria, algumas vezes suja, algumas vezes limpa, até que um dia foi içado do lodo e sentiu-se rodando num torvelinho estonteante na bateia de um garimpeiro.
Fora achado, escolhido para terrível e bela missão.
Quanto sofrimento passou!
Sentiu tirarem lascas de seu corpo, e a cada lasca que perdia, após uma dor lancinante, percebia que uma luz brilhante o penetrava. Após o calvário da lapidação, toda sua casca suja, adquirida nos milênios de contato com a terra, fora retirada.
Polido, pelas mãos do ourives, podia agora apreciar seu próprio brilho, refletindo a luz solar.
Tornara-se um DIAMANTE LAPIDADO, um belo brilhante de muito quilates.
Assim também é nossa alma, que vinda do TODO se turva na experiência terrestre para, lapidada pelas mãos do CRIADOR, poder refletir a LUZ DIVINA .
Dr. CÁSSIO C. A. de NEGRI
Obrigada, caro amigo Dr Cássio, por este texto maravilhoso, que muito nos faz pensar ! Abraço,
Mel Redi
O diamante nascera do fogo, ungido em meio às lavas rubras e quentes, gerado no magma do útero da mãe terra e ejaculadas pelo vulcão em erupção.
Após esfriar,tornara-se apenas uma rocha sem brilho, cheia de arestas irregulares, incrustada na encosta da íngreme montanha.
Com o passar dos séculos, fustigado pelos ventos gelados e solapado pelas chuvas torrenciais, foi ficando cada vez mais escurecido pelo cascão de sujeira que incorporava.
Alcançou o rio, e no seu leito, foi durante milênios, rolando, rolando, em direção ao oceano.
Nunca o alcançou, mas rolou muito pelos riachos, afluentes e rios.
Quanto rolou, quanto perdeu as arestas, até que se tornou igual a tantos outros bilhões de pedregulhos a rolar, sem saber para onde ia, somente sabia rolar, como todos, sem saber o porque , de onde vinha, nem para onde ia.
Um dia, porém, resolveu parar e ficou preso a beira do rio.
Muitos anos se passaram, e ele ali, estático, embalado pela água fria, algumas vezes suja, algumas vezes limpa, até que um dia foi içado do lodo e sentiu-se rodando num torvelinho estonteante na bateia de um garimpeiro.
Fora achado, escolhido para terrível e bela missão.
Quanto sofrimento passou!
Sentiu tirarem lascas de seu corpo, e a cada lasca que perdia, após uma dor lancinante, percebia que uma luz brilhante o penetrava. Após o calvário da lapidação, toda sua casca suja, adquirida nos milênios de contato com a terra, fora retirada.
Polido, pelas mãos do ourives, podia agora apreciar seu próprio brilho, refletindo a luz solar.
Tornara-se um DIAMANTE LAPIDADO, um belo brilhante de muito quilates.
Assim também é nossa alma, que vinda do TODO se turva na experiência terrestre para, lapidada pelas mãos do CRIADOR, poder refletir a LUZ DIVINA .
Dr. CÁSSIO C. A. de NEGRI
Obrigada, caro amigo Dr Cássio, por este texto maravilhoso, que muito nos faz pensar ! Abraço,
Mel Redi