Convite
CONVITE PARA AS BODAS
Enquanto o mundo corre afanoso no domínio das forças nucleares, impedindo a fraternidade entre os homens, eis que, no mundo real, o qual também vos pertence, organizam campanhas de assistência e proteção aos novos hospedes oriundos de paisagens longínquas, A guisa dos Três Reis Magos, para a festa divina do advento do nosso Mestre Maior! Aqui, um irmão que chega vindo de outro planeta, mas, é uma das ovelhas do Meigo Nazareno da Galiléia e vem participar das bodas. Acolá é um retardatário e vem, exausto, trazendo a flor fresca da fraternidade cristã que fora plantada em seu coração pelo Divino jardineiro do amor. Falanges luminosas empunham trombetas de ouro, anunciando o Reino que está pra chegar...
Vós, homens da Terra, não escutam a vos do clarim anunciando o fim das dores das guerras, do desequilíbrio! A volta do Senhor da Vinha para junto dos seus obreiros. O banquete que o Rei oferecerá aos seus súbitos, irá ser servido. Aguçai, pois, vossos ouvidos, hó! Homens de pouca fé e correi para vestir a túnica que vos franqueará a entrada no Salão de Festas. Lançai para longe de vós as roupagens de orgulho, vaidade, sensualismo, ambição desmedida, maldade, ironia e cobri-vos com a túnica do Amor, da renúncia, da paz, do perdão, do trabalho e vamos entrar.
A porta já se acha aberta, uma voz carinhosa e meiga vos chama com amor. Entremos, pois, sem receio no salão das bodas. Unidos, irmanados, levando a flor fresca da fraternidade cuidada por nós, para oferece-la ao Senhor das Bodas.
O mundo já está alucinado pelas descobertas e engenhos mortíferos.
Sente-se frustado como o animal perseguido que não encontra a toca amiga para refugiar-se. O homem da Terra que não ouve e não conhece a voz que chama no deserto, engolfa-se nos prazeres efêmeros, nos tóxicos, no sensualismo desenfreado, procurando fugir da Voz do seu Cristo Interno, mostrando-lhe os novos caminhos.
Coragem, meus filhos, não apresseis vossa ruína...
Na carreira de torpezas e vícios parai: Levantai vossos olhos para o alto e pedi às estrelas, ao sol, as nuvens, ao vento, que vos falem de Deus e da sua magnífica criação. Olhai o mar!... Que força poderosa encerra este gigante no seio profundo e misericordioso!
Peça ao mar lavar vossas culpas e vos acordar para a vida real. Ao passardes por um animal, não o maltrateis, lançai sobre ele um olhar de ternura e pedi: Fala-me do Criador. E assim, meu irmão ireis retirando com a ajuda magnética das forças que a natureza possui, os galhos secos amontoados no vosso caminho pela vossa inércia e desequilíbrio. Desentulhando assim, a estrada por onde deveis passar, poderás chegar no Salão das Bodas, antes da porta de fechar.
Apressai-vos, pois o senhor da Festa vos espera com amor.
Ide e lançai o convite aos doentes, aos pobres de espírito, aos flagelados, aos mansos de coração. Silenciais junto aos hipócritas, aos pretensos sábios, orgulhosos e acomodados. Estes pertencem a outra escola a das dores e das experiências. Deus é bom e paciente...
Sabe esperar!