A ROUPA APERTADA

Quando a roupa aperta, o corpo vai embora!

Quando o pé cresce o sapato estoura!

A gota cai e o balde apara, até que...

“Tanto no moral como no físico tudo se encadeia e se liga no Universo.

Na ordem dos fatos, desde o mais simples ao mais complexo, tudo é regulado por uma lei; cada efeito se prende a uma causa e cada causa engendra um efeito que lhe é idêntico”.

Embasado nessa lei, fico imaginando o que aconteceria com um sapato “38” acomodando um pé “44”;

Qual seria o efeito?

E qual causa engendraria esse efeito?

Com certeza um aniquilaria o outro.

Sendo maior e mais forte, a tendência do pé é rasgar o sapato para produzir o efeito idêntico. E qual seja?

Na sua ilusão de pé, quando os dedos ultrapassam o sapato, imagina ter produzido o efeito idêntico, igualado o sapato ao seu crescimento.

Essa ilusão perdura até que o pé perceba que o sapato não acompanhou a sua evolução, e ao invés de crescer,

simplesmente, rasgou-se e envelheceu.

O mesmo acontece com o corpo Astral em relação ao corpo físico.

Por algum instante, eles se bastam e se necessitam;

O corpo físico necessita do corpo astral para se movimentar, e este por seu turno, necessita do corpo físico para se fazer notar, e assim, vão se encadeando e se ligando no Universo, pois o Universo é uma arena em que a alma luta pelo seu engrandecimento, e este só é obtido por seus trabalhos, sacrifícios e sofrimentos.

Andam assim, juntos, até que o espírito abandona o corpo físico, pois este não lhe acompanhou na evolução eterna, sendo desprezado como um sapato velho de bico rasgado.

Pensando nisso, algo me fez lembrar um texto, “torto”, que escrevi no primeiro ano do curso de teologia (FTU) e que dei-lhe o título de: O SER QUE É; lá, nesse meu textinho, gravei uma passagem, por sinal muito polêmica, onde digo que o Ser – Espírito -, quando vem à Terra, tem como “mãe” o ser masculino, pois, é nos seus testículos (dos homens) que fixa residência provisória até encontrar a incubadora (mulher – sic...), para, só na junção, espermatozóide/ óvulo, dá inicio a sua nova função, que como tarefa tem começo, meio e fim.

Aquele zigotinho, impulsionado pelo Ser Que É – O Espírito -, cresceu assombrosamente e fez coisas antagônicas à sua natureza material, por algum tempo acreditou também ser um SER, e quando atingia o seu apogeu de SER, começou a definhar-se, ai o seu inconsciente, passou a liberar informações veladas e ele, sem confessar, entendeu que estava trilhando o caminho do sapato “38”, pois a sua natureza, energia densa, era adversa do espírito, energia sutil, e ai, deu-se o processo “do medo”, pois, tomava ciência da MORTE!

A roupa quando é nova, é consistente e elástica, e o corpo vivo gosta. Quando envelhece perde a elasticidade, se pui.

O corpo a abandona e segue o seu caminho.

Nós, deslumbrados com a visão do corpo físico, acreditamos sermos Ele e por Ele praticamos todas as imbecilidades da vida...

RAYSAN DE SOUZA
Enviado por RAYSAN DE SOUZA em 13/07/2006
Reeditado em 16/04/2008
Código do texto: T193357
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