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Ora, o crítico não passa de um crítico; o escritor, de um escritor. Já os leitores, esses sobrepairam...
Nós somos simples passagem; eles, permanência e decisão. Eles sim transitam incessantemente, revezando-se no tempo -- século a século --, e decidem do valor da obra.
Invisível, impalpável e inalcançável é a glória. O artista não a vê, pega ou alcança; essa alta missão cabe aos leitores, que não a podem sinalizar já, nem talvez este ano, nem daqui a quarenta, ou sessenta, com ele ainda em vida.
E seu talento não o vê o literato, apenas o pressente. Aos interessados em seus trabalhos compete a tarefa de descobri-lo, convencer-se e convencê-lo do seu valor.
Que o escritor deixe o sofrimento, a angústia, a mais inconcebível solidão assentar no fundo de sua alma, e aí sim escreva.
Que deixe os amores acontecerem e desacontecerem. E só então escreva.
E reescreva, que as palavras são inúmeras e generosas...
Ora, o crítico não passa de um crítico; o escritor, de um escritor. Já os leitores, esses sobrepairam...
Nós somos simples passagem; eles, permanência e decisão. Eles sim transitam incessantemente, revezando-se no tempo -- século a século --, e decidem do valor da obra.
Invisível, impalpável e inalcançável é a glória. O artista não a vê, pega ou alcança; essa alta missão cabe aos leitores, que não a podem sinalizar já, nem talvez este ano, nem daqui a quarenta, ou sessenta, com ele ainda em vida.
E seu talento não o vê o literato, apenas o pressente. Aos interessados em seus trabalhos compete a tarefa de descobri-lo, convencer-se e convencê-lo do seu valor.
Que o escritor deixe o sofrimento, a angústia, a mais inconcebível solidão assentar no fundo de sua alma, e aí sim escreva.
Que deixe os amores acontecerem e desacontecerem. E só então escreva.
E reescreva, que as palavras são inúmeras e generosas...