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    Dizem que as mulheres possuem um sexto sentido (além dos cinco cientificamente provados de todo ser humano).  Ora, a Poesia é mulher.  E tem nome. 
 
  Este seu poema, verdadeira profissão de fé, nos deixa indefesos frente a frente com um exército de emoções.  O título, como um baile de quinze anos, de debutantes, é de uma leveza surpreendente e nos remete a um clima de alegria límpida como os cristais da festa, lembrada através da distância da saudade... 
 
  Não obstante os óbvios erros de português, tão facilmente evitáveis ou consertáveis, aplaudo seu poder de síntese estilística, a unidade resultante e o tom indignado, inconformado de denúncia. 

    Contém ele o fervor dos amantes, a alienação do criador autêntico...  A nós exposto, traduz a tua face nua.

   Poema pinga-gotas.  Vai aos poucos enchendo a nossa alma de beleza, da seriedade das tuas amplas palavras, doces como a amargura do amor desfeito.
 
   Transporte, mini-oração, saudação, arrebatamento...  Têm alma os teus versos. 
 
  Apesar do tom mais de testemunho, e não de arte repensada, superior, são evidentes as qualidades deste teu enunciado íntimo. 
 
   Os comentários (dos demais escritores) fazem jus ao trabalho: honestos, percucientes, serenos.  Nada de elogios mecânicos, superficiais... 


 
Enviado por Jô do Recanto das Letras em 17/10/2009
Reeditado em 24/07/2013
Código do texto: T1870883
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