Escrito sem nenhum compromisso estético, por um literato despretensioso, ainda assim o poema nos magnifica, porque fala de paixão, partida, ausência 
e saudade.


    Trata-se talvez de uma alocução (discurso poético breve) dirigido à Mulher, a julgar pela terceira estrofe, que contém um lamento lírico, culminando com palavras de absoluta angústia e perplexidade.
 

   O vocabulário singelo contrasta com os requintes da sintaxe, ritmo e sonoridade.

   Há no trabalho um clima sublime, excelso, cósmico, graças à tua inspirada sinceridade, possuindo ele uma ternura sem par, quase nenhuma pieguice...

    Texto ingênuo, primareril, suave, místico, imenso, mas não pueril.  Sem melodramas. 

      Jovem  alma em flor: tua magia vocabular funciona.  As palavras prendem, chamam, puxam a si o narratário.  Há expressões de uma dignidade shakesperiana, tão esclarecedoras da frágil condição humana... 
         

     Na verdade, não só os teus versos distraídos, mas toda a Poesia se põe sob a magia da fuga e o encanto do meta: há sempre um Oceano a atravessar.
Enviado por Jô do Recanto das Letras em 17/10/2009
Reeditado em 24/07/2013
Código do texto: T1870827
Classificação de conteúdo: seguro